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31 março 2007

Amazon vai tornar seu site acessível até o final de 2007

A NBF - National Federation of the Blind (Federação Nacional de Cegos) e a Amazon.com anunciaram no último dia 28 (março de 2007), que irão trabalhar em conjunto para promover e melhorar a tecnologia que permite cegos acessarem e usarem a World Wide Web.

Em um acordo da cooperação, a Amazon.com se comprometeu a melhorar a acessibilidade em seu site, desde que, a NFB preste a consultoria necessária para que os técnicos da empresa de comércio eletrônico possam implementar acessibilidade ao seu site.

A Amazon prometeu trabalhar para prover acesso total a Amazon.com até no máximo dia 31 de dezembro de 2007.

Recebi essa notícia pela lista de acessibilidade do W3C (w3c-wai-ig@w3.org) envia pela Cynthia D. Waddell, JD - Executive Director and Law, Policy and Technology Consultant International Center for Disability Resources on the Internet (ICDRI)

Achei muito bacana a iniciativa e mandei um e-mail para lista, endereçada a Cyntia elogiando o trabalho, mas fiz algumas considerações:

Por que quando se fala de acessibilidade normalmente se mantém o foco exclusivo sobre cegos? E as outras deficiências e limitações? Perguntei também como fica a usabilidade e os Web Standards nesse projeto?

Notícia: Amazon.com and National Federation of the Blind Join Forces to Develop and Promote Web Accessibility.

[atualização]

Bruce Lawson comenta o tema:

>But I have question: wy this exclusive focus on the visual deficiency?
>What about the others? And the usability and Web Standards problem?#

Indeed. I had much the same questions when I posted on the web standards project web site this morning amazoncom-to-enhance-its-accessibility

It would be a terrrble shame, and a hugely squandered opportunity, if Amazon merely kludged their existing code so that it worked passably well in Jaws, and forgot about every other disability or valid code.

Anyone know anything about the track record of the NFB developers? The code on their site is a bit grim; font tags and tables, and invalid even though the doctype is html transitional.

Bruce

[/atualização]

29 março 2007

Truwex Online: um validador de acessibilidade diferente

Pegando carona na dica do 456 BEREAst, testei o validador de acessibilidade Truwex Online, que apesar de ainda estar na versão beta, apresentou algumas inovações interessantes.

- escolhi o G1 para testar esse novo brinquedinho:

Tela inicial do validador TruWex Online 2.0


Mudando rapidamente de assunto, não entendo por que cada vez mais os sites/blogs - que é o caso do 456 BEREAst - têm exagerado no uso de anúncios. Fica mais e mais difícil distinguir o que é conteúdo e o que é anúncio.

Têm alguns que colocam até ao lado do menu principal como se fosse um dos itens de navegação do site.

Falo isso, porque agora a pouco cliquei sem querer no add que se mistura com o post do site da BEREAst...

parte do site da 456 BEREAst que cliquei no anúncio do Google por engano

Será que não sabem que isso confunde, irrita e pode espantar o usuário?

Quanto vale a audiência de um site afinal e qual é o custo x benefício de se colocar tantos anúncios?

Não acho que ganhar cliques por acidente ou mesmo com um erro do usuário, seja lá uma estratégia muito inteligente.

Estou a um bom tempo para escrever um post sobre isso, mas vou ver se faço uma pesquisa em alguns blogs/sites e publico o resultado por aqui.

Voltando ao post, esse validador me pareceu ser bem bacaninha. Aparentemente seu diferencial é a validação de todo o código renderizada pelo navegador, ou seja, não apenas o HTML nu e cru. Na verdade, isso quer dizer que o software analisa todo o dantesco código HTML inserido na página via JavaScript, como por exemplo, os anúncios do Google e afins. Olha eles aí de novo...

Outra coisa bacana, é que ele cria uma espécie de mapa da página destacando com uma seta sobre o layout da página suas possíveis inconsistências. Bastante útil, como por exemplo, para achar contrastes insuficientes entre textos e suas cores de fundo.

Apesar de espertinho, todo software validador de acessibilidade deve ter seu resultado analisado com cuidado. Importante não esquecer que uma análise humana é insubstituível...

Mas tenho que confessar que cada vez mais, essas ferramentas têm se tornado úteis.

Para conhecer a ferramenta, resolvi fazer um pequeno teste com o portal G1 e acabei capturando algumas telas.

Parte da homepage do G1 de 28 de marçode 2007.


Página com as propriedades da página

Para ampliar as imagens abaixo, selecione via teclado o link e tecle “enter” ou clique diretamente sobre a imagem.

Properties


Propriedades da página, lista a sua aderência com as diferentes diretrizes de acessibilidade, detalhes do download de arquivos, metadados, etc.

Página com as propriedades da página

Issues


Lista em detalhes todos os erros de acessibilidade encontrados.

Issues - lista erros de acessibilidade

Map


Mapa da página com indicação através de uma seta sobre o erro encontrado.

Mapa da página com indicação gráfica dos erros de acessibilidade

Inventory


Inventário com URL, localização, tipo, tamanho e status.

Inventário da página com todos seus os dados

Profle


Nome do Host, nome do arquivo, tipo, tamanho, status, tempo de resposta, tempo de download e última modificação.

Tela inicial do validador TruWex Online 2.0

28 março 2007

Muitas das apresentações da "IA Summit 2007" disponíveis no Slide Share

Para quem não pode ir, algumas das apresentações do IA Summit 2007 - The Information Architecture Summit, já estão online no Slide Share, na tag iasummit07.

Fonte: lulileslie's - Petitpois Blog

18 março 2007

Logotipo para Bengala Legal e matéria no G1 com o MAQ

O meu amigo Marco Carlos, digo, Marco Antonio de Queiros, o MAQ, me pediu para criar um logotipo para seu site BengalaLegal.com.

Aos pouco ele tem alterado o visual de seu muito bom e informativo site. A carinha ainda é praticamente a mesma de quando começou em 2000, mas aos poucos, algumas pequeninas mudanças vão sendo implementadas.

Como por exemplo, retirar a textura de fundo para tornar o design mais limpo e o texto fácil de ler. Retirou também, pelo menos do campo visual, o contador de visitas. Era algo como, "você é o visitante número 21001 dessa página".

MAQ justificou que para os cegos, a informação de quantos visitantes a página teve é muito importante, principalmente porque, quando começou em 2000, muitos desses contadores eram imagens sem alternativa em texto, portanto, inacessíveis para eles. Sempre ouviam "você é o visitante número ... dessa página".

Voltando ao tema desse post, o MAQ me pediu para criar um logotipo para seu site e apesar de não ser nenhum especialista em marcas, resolvi aceitar o desafio e tentar criar algo.

O nome bengala legal vem da idéia do MAQ de mostrar - para quem não sabe - que uma pessoa cega pode ser tão feliz e divertida (legal) como qualquer outro vidente. É assim que chamam as pessoas sem deficiência visual.

Então, “baseado” nessa premissa, tive a idéia de brincar com o smiley da página e com o nome bengala legal.

Acabei gostando do resultado e o MAQ também. Apesar de não ver, ele gostou da idéia e o feedback de seus amigos e parentes sobre o logo, não poderiam ser melhores.

Foi o que disse para ele, o processo de criação de um logo, pelo menos para mim, pode tanto sair em meia hora numa única versão, como demorar semanas e atravessar várias edições.

Bem, chega de falar... vejam o logo bem-humorado do Bengala Legal. Pelo menos uma coisa tenho certeza, ele ficou a cara do MAQ... quem o conhece, pode assinar em baixo.



logotipo da Gengala Legal



Falando em MAQ, saiu esta semana uma matéria com ele no G1 com o título: “Adaptação de tecnologia leva web aos cegos”.

10 março 2007

Cinco princípios de design que deveriam ser mandamentos…

Achei tão fantástico os 5 princípios do design (Five Principles to Design) de Joshua Porter, que ao invés de princípios, eles deveriam ser mandamentos.

Transcrevo abaixo uma tosca tentativa de tradução/resumo para o português:

  1. A tecnologia deve servir aos homens e não os homens que devem servir as tecnologias

    As pessoas não devem achar que fracassaram ao usar uma determinada tecnologia. É uma falha da interface e não do usuário. Assim como os clientes, os usuários sempre têm razão...

  2. Design não é arte!

    A arte é um expressão pessoal, um ponto de vista. É sobre a vida, as emoções, os pensamentos e idéias de um determinado artista.

    Na outra mão, design é para ser usado. O designer precisa que alguém use (não apenas admire) as interfaces que desenvolve. O design não tem nenhum propósito se não for para as pessoas usarem.

    Quando uma arte é apreciada, as pessoas falam “eu gostei daquilo”. Quando gostam de um design, eles dizem “aquilo funciona bem”. Isso não é por acidente. Bom design é quando alguma coisa funciona bem.

  3. A experiência pertence ao usuário.

    Os designer não criam experiências, eles criam artefatos para a experiência. Esta simples distinção faz toda a diferença, ela coloca o designer a serviço do usuário, e não o usuário a serviço do designer.

  4. Um ótimo design é invisível.

    Um grande design funciona tão bem que nós nos esquecemos do grande esforço criativo que foi responsável por esse resultado.
    Já um design ruim, é bastante obvio, pois ele incomoda muito ao ser usado. É bisonho, difícil e complexo. É uma grande ironia, mas é muito mais fácil reparar em um design ruim, do que em um bom.

  5. Simplicidade é o supra-sumo da sofisticação

    Como disse Saint Exupery, “um designer sabe que atingiu a perfeição, não quando não há mais nada para adicionar, mas quando não há mais nada para ser retirado.”

    Simplicidade é saber o que manter e o que jogar fora... isso acontece como mágica quando funciona, porque nenhuma complexidade é transferida aos usuários.


Isso me fez lembrar um interessante texto com título "Simples, Lógico, Possível" do Edward De Bono, que deveria ser adotado por todos governantes e desenvolvedores de interfaces:

SIMPLES, LÓGICO, POSSÍVEL


"...Sugiro que cada país tenha um Instituto Nacional da Simplicidade, que se transformaria em um órgão de referência. Se o governo propusesse novas regulamentações esse órgão poderia dizer: ´São complicadas demais, é preciso deixá-las mais simples´. Desse modo, haveria algum defensor da simplicidade, assim como temos organismos defensores dos animais e outros..."

Edward de Bono é um estudioso dos processos do pensamento e notabilizou-se pelo conceito de “pensamento lateral”, difundido com muito sucesso no mundo inteiro. Escreveu mais de meia centena de livros.

02 março 2007

É não ver para crer: software permite que bancos usem síntese de voz em ATMs

Bradesco e Real adotaram sistema nos terminais de auto-atendimento desenvolvido pelo CPqD para síntese de voz, que facilita o acesso de portadores de deficiência auditiva, visual e analfabetos.

Já está em fase de implementação nos postos de auto-atendimento dos bancos Bradesco a solução Texto Fala, desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), para síntese de voz.

O objetivo do sistema é facilitar o acesso aos caixas eletrônicos por clientes com dificuldades de leitura, sejam eles portadores de deficiência visual ou não alfabetizados. O software também é capaz de converter em fala qualquer texto escrito em português, em tempo real e em quantidade de mensagens ilimitadas.

Fonte: COMPUTERWORLD
28 de fevereiro de 2007 - 08h25

 
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