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29 fevereiro 2008

Quem realmente oferece serviços com qualidade, que jogue a primeira pedra...

Podemos classificar qualidade como sendo a oferta de um determinado produto/serviço, com preço um acessível, que atende as necessidades e expectativas do consumidor e com bom atendimento, pré e, principalmente, pós venda.

Infelizmente não encontramos no Brasil uma significativa oferta de serviços com qualidade.

Concordo com o Sr. Alberto Saraiva, fundador do Habib`s, no Brasil, quando diz que: "A maioria dos comerciantes não completa esse elenco básico de virtudes necessárias à atividade. Quando têm um bom produto, não têm preço. Quando têm um ótimo preço, não têm um bom produto. Quando têm os dois, produto e preço, não tem atendimento."

Tente contar nos dedos nas mãos, empresas que no Brasil oferecem um serviço realmente de qualidade... Que tal com apenas uma das mãos? Ainda assim é uma tarefa difícil de ser cumprida, não é?

Isso porque ainda convivemos com o velho modelo feudal e que ainda está impregnando nossa cultura. Nos principais segmentos da economia, reinam absolutos, grandes e ricos monopólios. E onde não há monopólio, uma grande parcela dos empresários são adeptos da lei de Gerson e querem sempre levar vantagem em tudo.

Seja pelo monopólio ou pelo olho grande dos empresários, é cada vez mais comum ver consumidores insatisfeitos, seja pelo mal atendimento ou pelo produto de baixa qualidade. E não são poucas as vezes em que o serviço ruim, vem acompanhado do péssimo atendimento.

São poucas alternativas para o consumidor, ou eles param de usar um serviço ou recorrem a concorrência, que muitas vezes, não é uma boa alternativa.

É como trocar de operadora de telefonia celular, você pode até perceber melhora em alguns aspectos, mas no todo, irá notar que são todas iguais e niveladas por baixo.

Fidelizam clientes através de seus números proprietários e a oferta barata de novos modelos de celulares, sempre acompanhados de contratos com letras pequenas e planos de longa duração.

Mas como a demanda é ainda muito alta e não temos nenhum concorrente que tenha apresentado um modelo realmente inovador e com foco no cliente, teremos que conviver durante um bom tempo ainda com esse tipo de serviço.

Investem mais tempo e dinheiro na prospecção de novos clientes, do que na fidelização dos antigos. Dá até para imaginar a taxa de churn* nesse segmento.

(* Churm = percentual de clientes insatisfeitos que abandonam uma determinada empresa em busca de melhores serviços na concorrência)

Simplesmente não consigo entender como é possível um cliente novo, receber mais atenção, descontos e todo tipo de paparicos e promoções do que clientes de 4, 6 e 8 anos.

Mas entendo perfeitamente porque pouquíssimas empresas têm coragem de abrir um canal de comunicação direto com seus clientes, como um blog corporativo, por exemplo. Pois além de desconhecerem esses canais e suas possibilidades, não são doidos de se expor com tantos telhados de papel manteiga.

28 fevereiro 2008

Publicada a versão 1.0 do WCAG Samurai para o WCAG 1.0

No último dia 26, foi publicada a versão 1.0 do WCAG Samurai para o WCAG 1.0 (em inglês).

Ainda não li para saber as diferenças entre essa nova versão e a anterior, mas mesmo assim, indico a leitura sem restrições.

Você pode concordar ou não com o que a turminha do Joe Clark criou, mas deve ler, aprender e, se for o caso, listar pontos que considere fora da curva de acessibilidade.

Para os que têm dificuldades com inglês, tenho boas notícias: o amigo Maurício Samy Silva, do Maujor.com, deve fazer a tradução para o português. Já tinha até feito da versão anterior, mas o próprio Joe Clark pediu que ele esperasse um pouco para publicar a versão em definitivo.

Então é só aguardar um pouquinho enquanto o forno esquenta e ele coloca mais um pouco de farinha e fermento na massa do WCAG Samurai em português...

Fonte: 456 Berea Street

Boa leitura!

24 fevereiro 2008

Zona Sul, o site continua inacessível, mas o cardápio em Braille...

Pois é, o site do Supermercado Zona Sul continua inacessível, mas o cardápio em Braille finalmente foi atualizado.

Estava em casa sábado à noite, quando de repente me bateu uma incontrolável vontade de comer a boa velha pizza do Zona Sul, afinal, desde o final do ano que eu não comparecia.

Fui correndo até o mercado mais próximo e pedi uma pizza de atum, tudo bem, pra variar estava em falta, então escolhi uma de presunto. Diga-se de passagem, ela estava muito, mais muito boa. Saca a experiência perfeita (desculpe-me Felipe Memória pelo plágio), mas quando misturamos esses três ingredientes mágicos: fome, desejo e sabor, é só alegria.

Para minha grata surpresa, na hora de pagar a pizza reparei que o cardápio em Braille estava lá, me olhando, bem a vista de todos nós videntes, “nós quem cara pálida?”.

Então perguntei ao caixa se o cardápio em Braille estava atualizado, foi quando uma outra atendente, que já me conhece de outros carnavais, respondeu: ”foi atualizada sim, e da próxima vez, o senhor já pode chamar sua amiga.”

Ela fazia referência a minha amiga Lêda, que é cega e adora um bom papo acompanhado de uma suculenta pizza, mais ainda quando ela pode ler e escolher sozinha o que vai comer.

Quem quiser entender melhor essa história, leia o post: Supermercado Zona Sul: acessibilidade para inglês ver.

Poxa, fiquei feliz... Parabéns ao Zona Sul e sua equipe e espero sinceramente que na próxima atualização no cardápio, vocês não cometam o mesmo imperdoável erro.

Mas como nem tudo são flores, no dia seguinte resolvi dar uma olhada no site do Zona Sul. Logo de cara, nas primeiras linhas de código da página inicial, os importantes botões de: “fechar compra” e “ver o carrinho”, estavam com o seguinte código:


<table border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="166">
<tr>
<td>
<a href="...">
<img src="img/btnVerCarrinho.gif" alt="" width="79" height="20" border="0" id="IMG1">
</a>
</td>
<td>
<a href="...">
<img src="img/btnFecharCompra.gif" alt="" width="87" height="20" border="0">
</a>
</td>
</tr>
</table>

Dois links aplicados em imagens sem nenhuma descrição em texto... ainda por cima, dentro de uma desnecessário tabela.

Mas aguardem, pois soube por uma fonte fidedigna que a agência que produziu o site foi procurada pelo cliente, mais ou menos na mesma época em que publiquei o post já comentado acima, em busca de informações sobre acessibilidade. Como quase ninguém lê esse blog, enviar também meus comentários pelo “Fale Conosco” do site.

Como sou cliente de longa data desse mercado, sei que quando há fumaça, normalmente tem fogo, então é esperar para “ver”...

Afinal, alterar um complexo sistema de comércio eletrônico, totalmente fora dos padrões web e das técnicas de acessibilidade, não é uma tarefa trivial. Acho até que “alterar”, não seja bem o verbo que devemos usar nesse caso.

Mas de qualquer modo, vou dar um voto de confiança e esperar mais pela solução acessível.

Amigos, por favor, quero ser supreendido...

11 fevereiro 2008

E tudo acaba em samba ou pizza... ou ainda em cartão corporate...

E o Campus Party não poderia ser diferente, com a presença do ministro da tecnologia, digo, ministro da cultura, o primeiro dia foi-se com um discurso pra lá de "empreendedorismo empreendedor"...

ministro discursando

Quase ovacionado pelo público do Cparty, o excelentíssimo senhor Gilberto Gil levou quase todos ao delírio, eu disse quase todos, com frases de efeito e apoio irrestrito ao software livre. Fechou seu acalorado discurso com a bateria sei lá qual escola da Nenê de Vila Matilde, que apesar de pequena, fez muito barulho. E como toda bateria tem uma madrinha, na frente veio uma mulata cheia de saúde e pra lá de a vontade.

Opa, antes da bateria entrar, ainda tivemos as boas-vindas através dea contagem regressiva feita por um simpático e gringo robozinho que quase ficou preso na polícia federal.

mulata com bateria ao final do discurso do ministro da cultura

Que falta não fez o álcool, a nicotina e o bom-senso em pobres profissionais da tecnologia da informação, a massa ficou embriagada pela política do vatapá livre e para todos.

Parabéns ao ministro do marketing, que ainda deve estar ganhando muito pouco como ministro, mas que por caridade, ajuda a cultura brasileira com suas performances multimídia.

Viva a cultura do Brasil e viva a tecnologia.

Campus Party Brasil 2008 - primeiro dia

No primeiro dia do Campus Party teve muito oba oba, social entre conhecidos e desconhecidos, reconhecimento do ambiente e, pra falar a verdade, nada de muito relevante ainda. Trabalho mesmo apenas para os organizadores do evento que tiveram alguns ajustes de última hora e os jornalistas responsáveis pela cobertura do evento.

eu e o Gustavo jogando tenis no wii

Horácio encostado na parede com o logotipo do Campus Party

Os estandes e os "comes e bebes" fecham às 22h por aqui e, a partir desse horário, nossas opções ficam reduzidas a jogos em rede, bate papo furado, tentar dormir nas confortáveis barracas ou sair pela cidade em busca de cerveja gelada.

Amanhã finalmente começam os trabalhos, palestras, barcamps, etc., e espero fazer escolhas acertadas. O programa é bem variado e eu diria que é também bem confuso. Assim como em um restaurante com uma grande variedade de sabores, ficamos sempre em dúvida e com aquela sensação que iremos escolher o prato errado.

Mas isso faz parte do show e é esperar para ver como será o segundo dia.

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Acabamos indo a um ótimo barzinho na Moema, chamado Juarez. Tomamos uns poucos chopinhos e voltamos correndo, pois depois da meia noite viraríamos abóbora... É isso mesmo, depois das doze badaladas noturnas não poderíamos mais entrar na Bienal.
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Campus Party - primeiras horas

Foto do crachá do Horácio no Campus PartyComeçou a "...festa entranha com gente esquisita...", vocês não têm idéia do quanto... pior que faço parte dessa diferente e curiosa turma.

Depois de alguns problemas com a organização, muitos ficaram mais de três horas na fila para pegar crachá, cadastrar micro e pegar uma barraca, o evento promete.
Estou agora em uma grande mesa com muitos blogueiros conhecidos e todos fixados em seu próprio umbigo, digo, notebook. Todos juntos e sozinhos ao mesmo tempo...

São 16h25m e ainda tem pouca gente, mas dá para imaginar quando chegar todo mundo.

Subi as primeiras fotos para o flickr com grande velocidade, pelo menos até agora a banda está bem larga, mas é aguardar para ver se quando todos chegarem vai aguentar o rojão.

Horácio com centenas de barracas ao fundo
Primeiras fotos do Campus Party no Flickr...

06 fevereiro 2008

Acabou-se o que é era doce! A IBM comprou e tirou do ar o avalidador de acessibilidade WebXact (Bobby)

Imagem do site do Bobby (WebXact) com a mensagem de sua desativação pela IBM
Desde do primeiro dia mês de fevereiro de 2008, o avaliador automático de acessibilidade Watchfire WebXact (Bobby), não está mais disponível on-line para nós pobres mortais.

Agora ele faz parte do portfólio de soluções IBM da família “IBM Rational Policy Tester Accessibility Edition solution”.

Mesmo com o aparecimento de novos avaliadores, alguns até em Português, o Bobby continuava sendo uma peça fundamental nos testes automáticos de acessibilidade de sites.

É realmente uma pena, sinto como se tivesse perdido um amigo policial e herói. Ora bolas, comecei a aprender acessibilidade com ele e depois de mais de 6 anos, ainda confiava muito em seus serviços.

Meus amigos, muito cuidado, ele não está mais protegendo nossas inseguras e inacessíveis ruas cibernéticas, mas confinado em algum escritório virtual, disponível apenas para clientes e funcionários da IBM.

Muita calma nesse hora e cuidado com os policiais corruptos.

Astalavista baby!

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Soldadinho da Acessibilidade - Bobby
Uma interessante atualização: o amigo Fabio Gameleira disponibilizou para download no IGOIA uma versão em Java do Bobby, não muito recente, mas ainda útil.
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